Energia solar é diferencial para venda de imóveis?

Por Eletropédia

17 de junho de 2025

Com o avanço da tecnologia e o aumento da consciência ambiental, cada vez mais compradores de imóveis estão atentos a soluções que ofereçam economia e sustentabilidade. E uma das primeiras que vêm à mente é a energia solar. Antes vista como algo caro ou restrito a grandes construções, hoje ela se tornou acessível e está presente em casas, edifícios e até em empreendimentos populares. Mas será que, na prática, ela funciona como um diferencial de venda?

A resposta tem sido cada vez mais positiva. A instalação de sistemas fotovoltaicos pode valorizar o imóvel, reduzir o tempo de venda e ainda atrair um público mais engajado com o consumo consciente. Afinal, a conta de luz virou um dos vilões do orçamento doméstico — e quem apresenta uma solução para isso já sai na frente. Sem falar na imagem moderna e sustentável que o imóvel ganha.

Inclusive, cidades com perfil residencial e crescimento organizado, como Dois Irmãos, já têm visto esse movimento. Um apartamento em Dois Irmãos que inclui estrutura para energia solar — mesmo que parcial, como nas áreas comuns do condomínio — já se destaca nos anúncios. E isso não é mais um detalhe técnico: é argumento de venda.

Mas para entender por que a energia solar está ganhando tanto espaço no mercado imobiliário, vale olhar além da conta de luz. A seguir, exploramos os principais motivos que tornam essa tecnologia um verdadeiro diferencial competitivo — e o que considerar ao incorporá-la na sua estratégia de compra ou venda.

 

Redução imediata de custos com energia

Vamos começar pelo ponto mais óbvio — e mais poderoso na hora da venda: economia. Um imóvel com sistema de energia solar instalado ou pronto para instalação pode gerar redução significativa na conta de luz. E essa economia mensal pesa diretamente no orçamento familiar.

Em muitos casos, o sistema consegue suprir boa parte da demanda energética da residência, chegando a zerar a fatura ou deixá-la em valores simbólicos. Esse benefício é sentido no primeiro mês de uso e se torna um atrativo permanente. Para o comprador, é como adquirir um imóvel que “se paga” ao longo do tempo.

Além disso, o fato de ter menor dependência da rede elétrica tradicional protege o morador de variações tarifárias, bandeiras vermelhas e outros reajustes frequentes. Em um cenário de instabilidade econômica, essa previsibilidade faz diferença.

 

Valorização do imóvel no mercado

Imóveis com energia solar tendem a se valorizar mais. Isso porque oferecem um benefício concreto ao comprador — e não apenas uma promessa. Em regiões com alta incidência solar, o impacto é ainda maior. O que antes era visto como “luxo” ou “excesso” hoje é visto como inteligência e eficiência.

A valorização pode variar entre 5% e 10%, dependendo do tipo de sistema, localização e porte do imóvel. E o melhor: esse valor agregado não depende apenas do gosto do comprador, como no caso de acabamentos ou decoração. Ele é objetivo, mensurável e financeiro — exatamente o tipo de diferencial que compradores mais valorizam.

Outro ponto relevante é a atratividade para locação. Imóveis com custos fixos mais baixos tendem a ter maior procura e menor vacância. Para investidores, isso significa retorno mais rápido e previsível. Para moradores, mais estabilidade financeira.

 

Adequação às novas exigências do mercado

O perfil do comprador mudou. Hoje, boa parte dos clientes busca imóveis que tenham responsabilidade ambiental, eficiência energética e menor impacto ao meio ambiente. Isso se reflete nas escolhas, nos questionamentos durante a visita e até nos filtros de busca online.

Incluir energia solar no imóvel — ou ao menos infraestrutura pronta para instalação — é uma forma de atender a essa demanda crescente. E não estamos falando apenas de grandes casas. Cada vez mais, apartamentos, sobrados e até imóveis comerciais estão sendo adaptados para essa tecnologia.

Além disso, há uma questão de imagem. Construtoras e corretores que oferecem esse tipo de diferencial se posicionam como atualizados e preocupados com o futuro. Isso reforça a credibilidade e agrega valor à marca — o que se reflete diretamente na confiança do comprador.

 

Incentivos, linhas de crédito e retorno do investimento

Muita gente ainda acha que energia solar é um investimento alto — e realmente, pode ser. Mas o custo vem caindo rapidamente, e há diversas opções de financiamento, linhas de crédito específicas e até incentivos regionais que facilitam a instalação.

O retorno do investimento costuma acontecer entre 4 e 7 anos, dependendo do consumo da residência e do tamanho do sistema. Depois disso, o imóvel passa a gerar economia real por décadas. É como antecipar um benefício futuro e incluí-lo no valor atual da propriedade.

E para quem está comprando, a vantagem é ainda maior: se o sistema já estiver instalado, o custo inicial já foi absorvido pelo antigo proprietário. Ou seja, o comprador começa a economizar sem precisar fazer o desembolso da instalação. Um argumento de venda difícil de ignorar.

 

Diferencial competitivo em anúncios e visitas

No momento de divulgar o imóvel, cada diferencial conta. E a energia solar é um deles — talvez o principal em determinadas faixas de público. Quando o anúncio destaca “economia na conta de luz” ou “imóvel com energia renovável”, isso chama atenção imediatamente e gera cliques.

Nas visitas presenciais, esse diferencial também pesa. O corretor pode mostrar dados de economia, apresentar o painel de controle do sistema, e até exibir gráficos de consumo real. Esse tipo de informação traz segurança para o comprador e mostra que aquele imóvel tem uma vantagem concreta em relação aos concorrentes.

O resultado? Mais visitas, maior interesse, menos tempo de venda e, muitas vezes, poder de negociação mais favorável ao vendedor. Tudo isso com um sistema que continua gerando benefícios mesmo após a assinatura do contrato.

 

Visão de longo prazo e sustentabilidade

Por fim, investir em energia solar é também uma decisão alinhada com o futuro. O mundo está se voltando para fontes limpas, e os imóveis que acompanham esse movimento terão mais liquidez e mais valor a longo prazo. Quem compra pensando em revenda, já deve considerar isso.

Além disso, há o impacto ambiental. Reduzir a emissão de carbono, diminuir a sobrecarga nas redes públicas e usar uma fonte de energia inesgotável são atitudes que fazem parte de um novo estilo de vida — mais consciente e responsável.

E para o comprador que compartilha esses valores, isso faz toda a diferença. Não se trata apenas de economia, mas de coerência com aquilo que se acredita. Em tempos onde propósito pesa tanto quanto produto, isso se transforma em argumento de venda — e dos bons.

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