Celulares baratos rodam Genshin e COD?

Por Eletropédia

13 de abril de 2025

Se tem uma coisa que brasileiro gosta, é de jogar no celular. E não é à toa — o smartphone virou o console portátil da galera. Mas aí vem a pergunta que todo mundo faz na hora de escolher um modelo mais acessível: será que um celular barato dá conta de rodar Genshin Impact ou Call of Duty Mobile? Porque, né, ninguém quer investir em algo que vai travar na primeira batalha.

A verdade é que esses jogos são pesados, exigem processamento, memória, e não têm dó de hardware fraco. Mesmo assim, tem gente que consegue jogar numa boa em aparelhos de entrada. Como? Otimizando aqui, ajustando ali, usando aquele velho jeitinho brasileiro de tirar leite de pedra quando o assunto é tecnologia.

Mas vamos ser honestos: não dá pra esperar gráficos no máximo, fluidez de 60 fps e carregamentos instantâneos num celular que custou menos de mil reais. Ainda assim, dá sim pra se divertir bastante — com algumas adaptações. A experiência pode não ser premium, mas é totalmente possível.

Nesse artigo, vamos explorar os limites desses aparelhos, dar dicas de configurações e mostrar o que esperar (e o que não esperar) de quem quer rodar esses jogos pesadões num smartphone mais em conta. Ah, e ainda vamos comparar com outros jogos populares que pedem menos do hardware. Bora lá?

 

Genshin impact e a exigência gráfica

Vamos começar pelo mais exigente da lista: Genshin Impact. Esse jogo é praticamente um RPG de console adaptado para o mobile. Gráficos detalhados, mapa gigante, partículas, clima dinâmico… Tudo isso cobra um preço — e não é só no seu tempo, é no processador também.

Celulares baratos até conseguem rodar o jogo, mas exigem coragem e paciência. O primeiro passo é reduzir tudo no gráfico: qualidade baixa, sombras desligadas, fps travado em 30. Isso melhora bastante a jogabilidade, mesmo que o visual perca aquele charme todo. Ah, e nada de multitarefa — o Genshin consome tudo, até sua bateria emocional.

Um truque que ajuda é usar apps de otimização antes de abrir o jogo, fechar todos os processos em segundo plano e garantir que a temperatura do aparelho esteja baixa. Porque sim, ele vai esquentar. E muito. Mas, com esforço, dá pra curtir a história e explorar Teyvat mesmo num celular de entrada.

 

Roblox como exemplo de leveza e acessibilidade

Aí, se você está atrás de uma experiência mais tranquila — e menos exigente — o Roblox é praticamente um oásis. Claro, ele tem jogos dentro dele que variam em complexidade, mas a base da plataforma é muito leve comparada aos gigantes que vamos abordar aqui.

Roblox roda até em celulares básicos com 2GB de RAM. Os gráficos são simples, coloridos, estilo blocado, e isso ajuda muito na performance. E mesmo em jogos um pouco mais exigentes dentro da plataforma, dá pra manter uma boa fluidez reduzindo os efeitos e limitando a taxa de quadros.

Outro ponto positivo é que a própria comunidade cria experiências otimizadas. Ou seja, mesmo se o celular não aguentar um jogo de terror com iluminação realista, sempre vai ter um outro mais simples e divertido pra jogar. No fim das contas, Roblox se adapta — ele cabe no bolso e no hardware também.

 

Call of duty mobile e o equilíbrio entre performance e qualidade

Agora vamos falar de Call of Duty Mobile. Esse é um dos jogos mais bem otimizados do mercado mobile. Mesmo com gráficos pesados, mapas grandes e modos variados, ele consegue rodar em celulares modestos com uma certa dignidade.

A chave aqui está no modo “baixo”. Sim, aquele visual mais simplificado que lembra um pouco jogos de gerações anteriores. A diferença é que, mesmo assim, o jogo continua rápido, dinâmico e competitivo. E isso é o que importa, principalmente em um jogo onde reflexos e precisão são tudo.

Além disso, a Activision atualiza o game com frequência e costuma ajustar a performance de acordo com os dispositivos mais populares. Isso ajuda bastante. Só tem que cuidar do espaço de armazenamento — o jogo ocupa bastante memória, especialmente com os pacotes adicionais.

 

Dicas para melhorar o desempenho em celulares fracos

Ok, seu celular não é nenhum topo de linha, mas você quer muito jogar Genshin, CoD ou outros títulos pesados. O que fazer? Primeiro: gerencie sua expectativa. Não vai ser fluido o tempo todo, pode travar, e talvez nem tudo carregue tão bonito quanto nos trailers. Mas dá pra se divertir sim.

A primeira dica é liberar espaço. Isso mesmo, apagar fotos, vídeos, outros apps. Quanto mais espaço livre, melhor o desempenho. O segundo passo é desligar notificações, Wi-Fi se estiver ruim, e deixar o aparelho focado só no jogo. E, claro, atualizar o sistema — sempre ajuda.

Outra dica valiosa: usar um app de “game booster”. Alguns já vêm instalados nos aparelhos, outros você baixa na Play Store. Eles ajudam a limpar a memória RAM, priorizar o jogo e até controlar o aquecimento. Pode parecer mágica, mas dá resultado — às vezes é isso que separa um crash de uma vitória.

 

Alternativas leves para quem quer evitar dor de cabeça

Se o celular realmente não aguenta Genshin ou CoD, tudo bem. Tem muito jogo bom e leve por aí que entrega diversão sem exigir hardware de ponta. Jogos como Free Fire, Stumble Guys, Asphalt Nitro, e até clássicos como Minecraft (modo leve) são ótimas opções para aparelhos mais simples.

Esses jogos são pensados para funcionar bem em quase qualquer aparelho, inclusive os com menos de 3GB de RAM. E o melhor: muitos deles têm comunidades ativas, eventos frequentes e gameplay viciante. Às vezes, menos é mais — principalmente se o seu foco for jogar sem estresse.

E não se engane: esses jogos também têm competitividade, personalização e até conteúdo sazonal. A diferença é que eles foram otimizados desde o início para o público que não tem um superdispositivo no bolso. E isso faz toda a diferença no desempenho final.

 

Vale a pena tentar? Depende do que você espera

No fim, a resposta pra pergunta do título é: sim, dá pra rodar Genshin e Call of Duty em celulares baratos — mas com vários “poréns”. Se você quer gráficos lindos e desempenho impecável, vai se frustrar. Mas se a ideia é aproveitar a essência do jogo, mesmo com algumas limitações, vale tentar.

O segredo está em ajustar as expectativas e conhecer os limites do seu aparelho. Nem todo jogo precisa rodar no ultra pra ser divertido. Às vezes, só o fato de estar no universo daquele jogo já vale o esforço. E, com o tempo, quem sabe você não investe num upgrade e aproveita tudo com mais potência?

Enquanto isso, tem muita dica, muita adaptação e muito conteúdo por aí que ajuda a tornar essa experiência mais viável. Porque jogar, no fim das contas, é sobre se divertir — e isso, felizmente, ainda dá pra fazer em qualquer celular com um pouco de criatividade.

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